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Técnica de Esgrima do Pinheiros será árbitra nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024






Carolina Anzolin, que terá sua terceira experiência paralímpica, conta como começou a carreira no esporte

 

O jeito franzino e o sorriso no rosto podem até tentar disfarçar, mas não esconde a ansiedade pela proximidade de mais um Jogos Paralímpicos. “Paris é logo ali” também para a técnica de Esgrima do Esporte Clube Pinheiros, Carolina Anzolin, que irá para a sua terceira participação como árbitra paralímpica. 

Carol, que já esteve também nas edições do Rio de Janeiro 2016 e Tóquio 2020, irá arbitrar as três armas do esporte: Espada, Florete e Sabre, as mesmas que também ensina no Pinheiros, como treinadora das categorias adulto, infantil e também paralímpica. 

Carolina Anzolin é técnica da Esgrima do Pinheiros. Foto: Divulgação/ECP

A carreira de Anzolin como árbitra começou em 2015, quando tirou a licença nacional. Em 2016 apitou os Jogos Paralímpicos e desde então decolou. “Tenho apitado muitas competições: foram dois Mundiais Paralímpicos, Jogos de Paralímpicos Tóquio, várias etapas de Copa do Mundo, Regionais das Américas…”, conta a árbitra.

Diferentemente de outros esportes, quando as pessoas têm primeiro a carreira de atleta para depois ingressar em outro ramo, Carol praticava esgrima como hobbie, conciliando a rotina com o trabalho em uma indústria química. Ela mesma ressalta que começou “tarde” no esporte. “Depois de adulta. Fui primeiro para a arbitragem e depois como treinadora. Comecei brincando como atleta, e ali apitava os jogos das competições. Era também meu hobbie depois do trabalho. Em determinado momento comecei a dar aula de esgrima numa academia e acabei gostando. Depois, acabou conflitando os horários, e em determinado momento tive que escolher e optei pela esgrima”, relatou, sem arrependimentos. 

Carolina durante o Troféu Brasil 2023. Foto: Gabriella Garbim/ECP

Para Carol, arbitrar a esgrima paralímpica requer um pouco mais de atenção, já que a categoria tende a ser mais rápida que a tradicional. “A esgrima paralímpica é disputada com os dois competidores nas cadeiras de roda, numa distância fixa, que é curta, e o atleta pode se deslocar de tronco com movimentos para frente e para trás na cadeira. Então, a Esgrima Paralímpica é muito mais rápida que a Esgrima Olímpica”, explicou. Na esgrima Olímpica os atletas tem uma pista de 14 metros para se deslocar, enquanto na Paralímpica, a distância é de 1,5 metros. “Não tem como esfriar o combate, é pegado o tempo inteiro”, completou a árbitra. 

Copa do Mundo de Esgrima Paralímpica na Tailandia. Foto: Yuka Fugita

Fluente em alguns idiomas, Carol não terá problemas com o Francês, que é justamente a língua oficial da esgrima. “En garde (em guarda), Prêt? (prontos?) Allez! (vão), já estão na ponta da língua (risos)”, brincou.

E concluiu. “O árbitro sempre está prezando pela segurança dos atletas, para que as regras sejam cumpridas e também para que não haja nenhuma ação anti desportiva”, assegurou Carolina. 

Na esgrima paralímpica são 32 árbitros, sendo no máximo três por cada país representante. Além de Carolina Anzolin, Ricardo Ferrazi e Paulo Juan completam a equipe de arbitragem brasileira.  A esgrima Paralímpica nos Jogos de Paris tem início no dia 3 de setembro.





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